terça-feira, 21 de junho de 2011

CARRO ELÉCTRICO PARA PM


Entrega de um Smart Electric Drive

Abril, 01 - O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra entregou hoje um Smart Electric Drive à Polícia Municipal. Barbosa de Melo fez-se acompanhar pela vereadora Maria João Castelo Branco e pelo vereador Paulo Leitão. A CMC tem ao serviço dois destes veículos: um para a PM e outro para a Presidência.

JOGO PELA NET PREOCUPA COIMBRA


A vereadora da Ação Social e Família da Câmara de Coimbra manifestou-se ontem preocupada com a problemática da dependência do jogo através da Internet entre os jovens, fenómeno já constatado pontualmente na comunidade estudantil local.
“Há constatações de jovens, a partir dos 13 anos, a jogarem através de ‘sites’ da Internet. Jogam compulsivamente, por vezes grandes fortunas, alguns na comunidade estudantil, já com insucesso escolar”, afirmou Maria João Castelo Branco.
A vereadora da Câmara Municipal de Coimbra falava aos jornalistas no âmbito do II Encontro da Rede Institucional das Adições de Coimbra (RIAC), que decorreu até quarta-feira no auditório da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUC).
“É um comportamento de risco. Existe na comunidade estudantil de Coimbra, mas são só situações pontuais”, declarou a autarca, que discursou na sessão de abertura do encontro.
O diretor da Delegação Regional do Centro do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), Carlos Ramalheira, outro dos oradores na sessão, disse à Agência Lusa que esta adição, mais comum entre os jovens, “ainda não é uma prioridade na região Centro”, mas o fenómeno está a ser observado.

in Jornal da Madeira, 10-6-2011

RUAS DE COIMBRA ACOLHEM FANTASMAS DA SOLIDÃO

Cerca de 200 Sem-abrigo

As costas carregam uma pesada mochila e as mãos seguram um copo de café que apenas servirá para aquecer o estômago, porque o coração, esse, está frio, pequeno, magoado e amargurado demais para se sentir reconfortado com uma bebida quente, ainda para mais nesta noite, carregada de mágoas e de decisões difíceis.

“António” (nome fictício) prepara-se para dormir, pela primeira vez, na rua. 43 anos, sete deles passados em Coimbra (é natural de Águeda), este serralheiro que trabalhou para grandes empresas, em grandes obras, está desempregado há dois meses. Sem trabalho desde então, tem visto a sua vida desmoronar-se.
Um subsídio de desemprego de 300 e poucos euros não chega para uma vida com o mínimo de dignidade, ainda para mais quando 100 euros vão, religiosamente, para a pensão de alimentos do filho (que faz hoje dois anos) de quem fala com os olhos cheios de lágrimas e de orgulho.
Dormir na rua passou a ser solução depois de ter entrado em ruptura com a instituição que o acolheu, mas garante que é «coisa temporária». «Já tenho tudo definido. Vou dormir na Alta, junto à Universidade. Mas é só hoje, amanhã já vou pedir ajuda», garante, despedindo-se, com mais um gole de café e a promessa de que dormir na rua não será um modo de vida.
A história de “António” é apenas uma das muitas histórias de sem-abrigo que contam as ruas de Coimbra. Embora não exista um número oficial, estima-se que sejam cerca de 200 as pessoas que, neste momento, dormem, entre a Alta e a Baixa, em vãos de escadas ou em recantos mais protegidos de edifícios da cidade. O número tem andado estabilizado, mas fenómenos como a imigração, a crise, o desemprego poderão fazer com que aumentem os casos, como admite Maria João Castelo Branco.

Combater a solidão
A vereadora responsável, desde Dezembro de 2010, pela Acção Social do município quis conhecer de perto a realidade destes homens e mulheres que, pelas mais variadas razões, “escolheram” a rua para viver. Por isso, fez parte, esta quarta-feira, da Equipa Móvel de Intervenção Social (EMIS) da autarquia, em funcionamento desde 2004 para acompanhar e integrar os sem-abrigo, através de uma parceria com a Segurança Social e diversas instituições da cidade, no âmbito do Plano Nacional de Apoio para a Inclusão.
Semanalmente, às quartas-feiras, a equipa, composta por um técnico e voluntários, pára em locais estratégicos da cidade para levar um café quente, um bolo ou um salgado, que aconchegam o estômago, e as palavras que confortam o espírito de tantos que, entre outros lamentos, se queixam de solidão.
É por causa dela, da solidão, que Marcelo se desloca muitas vezes à escadaria das Químicas, na Universidade de Coimbra, local que, nos últimos três anos, o amigo Hernâni Dinis, homem vivido, viajado, frequentador da Casa da Cultura, escolheu para chamar “casa”. «Eu sei o que é a solidão, é a coisa que mais me atormenta neste momento», queixa-se, aceitando o copo de leite com café quentinho que a equipa da EMIS transporta num termo azul. Marcelo, músico, tem casa em Santa Clara, mas prefere o desconforto da “tenda” de cobertores do amigo Dinis precisamente porque ali tem «conforto, de amizade».
Uma tenda onde não falta uma banca de cozinha (num banco de pedra) com copos e canecas, uma cadeira, uma espécie de armário (uma palete de madeira) onde se arrumam os sapatos e a companhia de um rádio onde, naquele instante, Madonna canta “La isla bonita”.
É tudo menos bonita a história do principal ocupante deste espaço. Uma vida contada aos solavancos e com muitas mais histórias escondidas por detrás das mágoas que Hernâni Dinis, com 52 anos, evita contar, mas que passam por dependência de álcool, por uma passagem pela prisão por assalto a uma ourivesaria, por uma estadia em França que não correu bem e por um relacionamento conflituoso com os filhos que o impede de estar com os netos que são, mesmo sem o querer demonstrar, a razão das suas lágrimas.

Soluções são difíceis
«Estou aqui para arrumar o sótão e está praticamente arrumado», confessa, em conversa com Maria João Castelo Branco, a quem garante que se tivesse um emprego (é um pedreiro e soldador «de primeira») deixaria a rua. «Isto nem saudades me deixaria», atira. Só que, viver na rua, ser sem-abrigo, já lhe valeu muitas negas de emprego e, claro, mais mágoas a fazerem aumentar a tristeza da sua condição.
«As pessoas vêm aqui, mas não trazem soluções, só trazem opiniões», lamenta Dinis, confessando que estes três anos fizeram desaparecer o homem forte que «já cá existiu dentro». «Não sei onde é que ele está», desabafa. Maria João Castelo Branco promete voltar, talvez com soluções. Para o Hernâni Dinis, e para muitos outros sem-abrigo que, na quarta-feira, aproveitaram as palavras da vereadora (mesmo sem saberem de quem se tratava) para deitar cá para fora os fantasmas associados a muitas noites dormidas ao relento, ao frio, sem conforto e com medo.
Isto embora, como confessa a vereadora, e também João Carlos Gaspar, director do Departamento de Acção Social da autarquia, que acompanha a visita, as soluções sejam muito difíceis para uma população que transporta consigo problemas psicológicos e psiquiátricos, mágoas e angústias e dramas familiares de resolução complicada. Apesar de tudo, «há casos de sucesso», garantem os responsáveis.
Maria João Castelo Branco desdobra a “cábula” com dados sobre o trabalho voluntário de sete anos da equipa da EMIS, mas confessa aos jornalistas que a acompanham, no final de uma “viagem”, que passou pela Avenida Sá da Bandeira, pelo edifício da Caixa Geral de Depósitos, na Baixa, pela Avenida Fernão de Magalhães, ou pelo Parque Verde, que o que sente «é muito mais do que o que está no papel».

por Ana Margalho in Diário de Coimbra,in Diário de Coimbra, 6 de Maio de 2011

CIDADE TEM 200 SEM-ABRIGO MAS NUMERO PODE AUMENTAR

A cidade de Coimbra tem 200 sem-abrigo referenciados mas o número pode vir a aumentar devido a “novas realidades”, admitiu quarta-feira feira à noite a vereadora responsável pela ação social, Maria João Castelo Branco.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

“Neste momento não creio que esteja a aumentar, mas poderá haver algumas possibilidades de infelizmente se vir a verificar um acréscimo com novas ou outras realidades que estão associadas à emigração e ao facto de Coimbra ser uma cidade muito solidária, que se preocupa muito com quem está muito fragilizado”, sublinhou a autarca.

Quarta-feira à noite, numa visita por vários locais da cidade, acompanhando uma equipa de rua, a vereadora responsável pela ação social sublinhou que Coimbra “é uma cidade que auxilia, que acolhe bem, e por isso é natural que venham mais” pessoas sem abrigo.

“Algumas pessoas que pedem ajuda aos serviços da Câmara Municipal de Coimbra não são de cá, vieram de fora, de Lisboa, de Águeda, e de outros lados”, salientou a responsável, justificando que “há essa sensação de que Coimbra auxilia, acolhe bem”.

Belmira, de 41 anos, do Porto, é um desses casos. Há dois meses em Coimbra, e embora não esteja a residir na rua, é presença assídua nas visitas das equipas de rua que levam “o conforto de umas palavras”, café, doces e uns salgados para aconchegar o espírito e o estômago das pessoas da rua.

Num retrato dos sem abrigo, a vereadora Maria João Castelo Branco fala de pessoas de fracas condições financeiras e económicas, desempregadas, emigrantes e indivíduos provenientes de famílias em desagregação ou com doenças do foro psiquiátrico.

Desde 2004 que a autarquia tem em funcionamento uma equipa móvel de integração social, para acompanhamento e inclusão dos sem abrigo, através de uma parceria com a Segurança Social e diversas instituições da cidade, no âmbito do Plano Nacional de Apoio para a Inclusão.

Segundo a vereadora da ação social, que assumiu o pelouro em dezembro passado, todas as semanas, de segunda a sexta-feira, de forma rotativa, as instituições parceiras fazem o acompanhamento de todas as pessoas e “avaliam periodicamente cada situação” para criar projetos de vida.

Na ronda efetuada pelos locais de concentração dos sem abrigo de Coimbra, os jornalistas descobriram um homem de 43 anos, natural de Águeda, que se preparava para dormir na rua pela primeira vez.

“Estava numa instituição de acolhimento, mas zanguei-me e saí. É só esta noite na rua, pois amanhã [quinta-feira] já vou pedir ajuda”, diz angustiado o homem, que está sem trabalho há dois meses.

Dos cerca de 300 euros mensais que recebe do Fundo de Desemprego, 100 destinam-se à pensão de alimentos do filho que, dentro em breve, vai fazer dois anos, conta aos jornalistas, enquanto saboreia um café quente oferecido pela equipa de rua.

João Carlos Gaspar, diretor do departamento de ação social da autarquia, que também acompanhou a visita, considerou que o retorno da maioria dos sem abrigo a uma vida normal, inclusiva, “é muito difícil”, apesar de haver histórias de vida de sucesso.

“Provavelmente pretenderíamos muito mais casos de sucesso, mas como tiveram oportunidade ver é muito difícil integrar esta população. Os casos que os levaram a esta vida são muito complicados”, enfatizou.

in DESTAK, 5-5-2011

125 CRIANÇAS PARTICIPAM NUM ENCONTRO DE ESCOLAS PIONEIRO EM COIMBRA


125 crianças de Coimbra foram ontem recebidas pelo grupo de animadores da Escola Secundária D.Duarte, para participarem naquele que se assinala como o 1º Encontro de Crianças e Jovens do Município de Coimbra, que decorreu no auditório da Escola Superior Agrária.
"Queremos que a primeira infância se converta em pessoas com capacidade interventiva e não expectante", explica Maria João Castelo Branco, vereadora da Acção Social e Família da Câmara de Coimbra.
O encontro é uma iniciativa pioneira em Coimbra, levada a cabo pela Rede Social do concelho e a Câmara Municipal, em parceria com várias entidades da cidade.. "Com este dia, Coimbra demonstra que está atenta aos mais jovens", afirmou Helena Libório, directora regional de Educação do Centro. Por seu turno Rui Antunes, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra desejou um bom dia a todas as crianças e garantyiu que o IPC vai participar em mais actividades promovidas pela rede social. O local para o primeiro encontro foi cedido pelo IPC. "Aproveitem o espaço magnífico que a Agrária tem para vos oferecer", referiu Jorge Oliveira, Admninistrador dos Serviços de Acção Social do IPC". (...)

Vânia Antunes, in Diário As Beiras, 4 de Maio de 2011

ENCONTRO AJUDA A FORMAR FUTUROS "CIDADÃOS ACTIVOS"



"Eu sou amiga do Francisco e o Francisco é amigo do Pedro. Logo, eu posso ser amigo do Pedro". É assim, em rede, atrás de um computador e também cara-a-cara, que vão nascendo as amizades e que se vai alargando o leque de amigos. É assim, especialmente entre os mais jovens, principais exploradores da internet e também das relações interpessoais.
Mas, e se transpusermos esta realidade para outros problemas da nossa sociedade? Para as doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo. Para os hábitos de alimentação saudável. Para a forma como ocupamos o nosso tempo livre. "Ter uma grande rede de amigos só é bom se eles forem bons amigos. Se não forem, pode ser perigoso., advertiu ontem uma das jovens actrizes do Grupo de Teatro Interdito, aos cerca de 125 jovens, alunos do 5º e 6º anos do ensino publico e privado que participaram no 1º Encontro de Crianças e Jovens do Município de Coimbra.
Realizada na Escola Superior Agrária de Coimbra, a iniciativa inseriu-se no Plano de Acção 2011 da Rede Social de Coimbra e teve como objectivo colocar estes jovens a pensar sobre o Mundo e a realidade que os rodeia.
Maria Jo~ºao castelo-Branco esteve na sessão de abertura do encontro e garantiu que, com esta iniciativa, "Coimbra demonstra que está atenta à primeira infância e que se preocupa em fazer dela uma geração que será um bom exemplo para o futuro". "Não queremos que estes jovens estejam, quando forem adultos, expectantes em relação à acção do Estado, ao apoio da família, ou que os auxiliem de alguma forma", adiantou, confiante de que serão "adultos que passarão da contemplação à acção".

DEBATER E CRESCER
Também Helena Libório, Directora Regional da Educação do Centro, deixou esta mensagem aos 125 alunos presentes: "São vocês os grandes actores deste encontro", afirmou, sublinhando a relevância dos assuntos em discussão, #são transversais à educação" de todos os jovens e que, neste caso foram discutidos e analisados em cinco workshops promovidos por cinco das parceiras da autarquia na Rede Social de Coimbra.
A Fundação Portuguesa A Comunidade Contra A Sida, convidou os jovens a debater "sexualidade/prevenção de comportamentos de risco; a Associação Juvenil Soltar Os Sentidos promoveu a discussão em torno dos "hobbies"; a Cáritas Diocesana de Coimbra falou sobre "Decisões"; a APPACDM debateu o tema da deficiência; enquanto que o Instituto Politécnico de Coimbra, através da ESAC, promoveu a discussão em torno da alimentação saudável.".
Para além de Maria João Castelo Branco e Helena Libório, participaram na sessão Jorge Oliveira, do Serviço de Acção Social do IPC e Rui Antunes, Presidente do Politécnico de Coimbra. Luis Alcoforado foi um dos convidados do encontro, tendo participado num debate com os jovens participantes na iniciativa, alunos dos agrupamentos de escolas Eugénio de Castro, da Pedrulha e de Taveiro, do Colégio S.Teotónio e S.Martinho do Bispo e dos Institutos Educativos de Souselas e Almalaguês.

Ana Margalho in Diário de Coimbra, 4 de Maio de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

DOIS OBJECTIVOS APONTADOS A REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA


O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João paulo Barbosa de Melo, associa dois objectivos à reestruturação orgânica de que ela vai ser alvo: melhoria do funcionamento da "máquina" da edilidade e reforço na aposta do desenvolvimento económico.
O Gabinete de Inovação e Desenvolvimento Económico sucede ao Gabinete de Desenvolvimento Económico e de Política Empresarial, que ficou inactivo a partir do momento em que os outrora edis Carlos Encarnação e Horácio Pina Prata se desentenderam.
João paulo, ao rebater as críticas dos vereadores do PS ao novo regulamento da Estrutura Orgânica Nuclear da CMC, alegou ter sido submetida a votação a macro-estrutura, tendo minimizado reparos feitos pela sua correlegionária Maria João Castelo-Branco.
O REON foi aprovado tangencialmente, pelos cinco edis social-democratas; os do PS votaram contra e os vereadores indicados pelo CDS e pela CDU abstiveram-se.
Carlos Cidade (PS) aludiu a " criticas explicitas" de Maria João (PSD) e Luís Providência (CDS/PP).
"Há aspectos da macro-estrutura da edilidade desligados da micro-estrutura devido a facilitismo do vereador João Orvalho, que não levou em conta o saber fazer camarário", alega o autarca socialista.
O assunto constava da agenda da sessão de ontem da Assembleia Municipal.


DEMARCAÇÃO
A vereadora Maria João Castelo-Branco (PSD) demarcou-se tacitamente da reestruturação orgânica da Câmara de Coimbra proposta pelo presidente e pelo vereador João Orvalho, mas votou-a favoravelmente, constata o "Campeão".
Numa declaração de voto, em que fez algumas observações em relação à proposta de REON da CMC, a jurista remete para próxima sessão da edilidade a apresentação de recomendações acerca do funcionamento de áreas sob a sua alçada.
Ao votar favoravelmente, Maria João invocou que "od principios de conteúdo funcional e as especifidades dos departamentos serão complementados e consubstanciados aquando a discussão da micro-estrutura orgânica".
Segundo a autarca, o REON da CMC, "não determina nem se faz acompanhar, em anexo, das atribuições de micro-estrutura".
Desde a ascensão de João Paulo Barbosa de Melo à presidência da autarquia, há quatro meses, Maria João Castelo-Branco, em regime de meio tempo, responde pelos pelouros da Acção Social e Família, Departamento de Notariado e Património, Gabinete Jurídico e Serviço de Polícia Municipal.
De Outubro de 2009 a Dezembro de 2010, a edil tinha sob a sua alçada, por exemplo, os Recursos Humanos, mas a redestribuição de pelouros inerentes à substituição de Carlos Encarnação por João Paulo, levou o novo membro do executivo camarário, João Orvalho, a adquirir o estatuto de "supervereador".
João Orvalho, cujas atribuições e competências relegam para segundo plano a vice-presidente Maria José Azevedo Santos, responde pelos pelouros de pessoal, Gestão Financeira, Educação, Administração Geral, Informática, Modernização e Reforma de Procedimentos Administrativos e feiras e mercados.
A redestribuição de atribuições e competências fez com que Maria João e João Orvalho partilhem a tutela do Departamento de Educação, Desenvolvimento Social e Família, sendo que, aparentemente, enter esta unidade orgânica e os referidos vereadores deixa de haver um director municipal.

in Campeão das Províncias, 28 de Abril de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PS VOTOU CONTRA E CASTELO-BRANCO NÃO CONCORDA COM REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA



VEREADORA DA MAIORIA APROVOU, POR SOLIDARIEDADE, O REGULAMENTO APRESENTADO POR JOÃO ORVALHO EM LONGA REUNIÃO ONDE AS CONTAS FORAM TODAS APROVADAS

Foi longa e teve alguns momentos controversos a reunião do executivo camarário de ontem, apesar de, no final, todos os pontos mais "quentes" da agenda de trabalhos terem sido aprovados, embora nunca por unanimidade.
No caso específico da reestruturação orgânica da Câmara Municipal de Coimbra, não só a bancada socialista votou contra e Francisco Queirós da CDU se absteve, como a vereadora da maioria Maria João Castelo Branco, apesar de votar a favor, deixou claro que não concorda com o novo regulamento, apresentado pelo vereador João Orvalho.
Castelo Branco foi, aliás, uma das mais críticas ao documento, da autoria da CH Consulting e deixou, no final de uma longa discussão que demorou várias horas, uma declaração de voto onde torna claro que só por solidariedade é que aprovou o documento, mas terá manifestado o seu desacordo em relação a vários pontos, nomeadamente em relação ao facto de este apenas incluir informação relativa à macro-estrutura e não à micro-estrutura orgânica, dados que, de acordo com a vereadora, seriam necessários.
Também os socialistas mostraram reservas em relação ao documento, tendo chegado a sugerir que a votação fosse adiada para a próxima reunião. No entanto, e de acordo com o que explicou ao Diário de Coimbra João Paulo Barbosa de Melo, já terá sido ultrapassado o prazo legal para a aprovação do regulamento, pelo que foi necessário proceder à votação.

Bancada socialista abstém-se

Entre outras preocupações, a bancada do PS apontou a da extinção do Gabinete do Centro Histórico ditada por este documento e a transferência desta área para a Administração Urbanística. Recordaram os socialistas que, entre outros motivos, no âmbito da candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade, pela Unesco, o Centro Histórico não pode ser descurado.
O Presidente da Câmara garantiu ontem ao Diário de Coimbra, em declarações proferidas a meio da reunião, que terminou depois das dez da noite, que "em muitos pontos este documento é semelhante ao que está em vigor", referindo-se apenas a pequenas alterações que têm como objectivo, por exemplo, valorizar o desenvolvimento económico e a inovação, criando um departamento próprio ou dar "maior atenção e massa crítica à relação com o munícipe".
Votado e aprovado o regulamento, a discussão continuou com a votação e aprovação do relatório e contas da autarquia de 2010 que apresentaram um salto positivo de 2,6 milhões de euros e depois dos SMTUC, que mereceram a abstenção da bancada socialista, apesar de os quatro vereadores terem percebido que resultado negativo de 520,848 euros se fica a dever à subida de preço dos combustíveis, mas também ao facto de a autarquia querer manter os preços sociais, consideradas "importantes numa altura de contenção e de crise generalizada", afirmou Barbosa de Melo.
Alvaro Maia Seco, Carlos Cidade, Rui Duarte e António Vilhena abstiveram-se também na votação das contas da Águas de Coimbra, tendo Cidade avançado com a necessidade de esta empresa municipal estudar formas de alargar horizontes de negócio, valorizando os quadros técnicos de que dispões.

Ana Margalho, in Diário de Coimbra, 19 de Abril de 2011

CÂMARA EVOCOU 25 DE ABRIL



A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) recebeu a sessão solene evocativa do 37º aniversário do 25 de Abril, numa cerimónia que contou com as intervenções de João Paulo Barbosa de Melo, Presidente da CMC e manuel Porto, Presidente da Assembleia Municipal de Coimbra.

in Diário de Coimbra, 29 de Abril de 2011

na foto Maria José Azevedo, João Orvalho e Maria João Castelo Branco

CÂMARA REVOGOU SANÇÕES APLICADAS A AGENTES DA PM

Com um voto em branco e nove a favor, o executivo camarário aprovou anteontem a proposta de revogação das sanções aplicadas, no dia 23 de Novembro de 2009, a dois agentes da PM de Coimbra. Na altura Pedro Abrantes e Cátia Santos viram ser-lhes aplicadas penas disciplinares de suspensão de funções de 60 e 45 dias, respectivamente, por ter sido entendido que "violaram os deveres de obediência, lealdade, zelo,prossecução do interesse público e correcção".
Contudo, face à providência cautelar decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, a aplicação da sanção passiva de execução, está suspensa. "É possível hoje, sobretudo após os factos apurados, em sede de inquérito, pelo DIAP de Coimbra, perceber, com segurança, que muito do que sucedeu na PM de Coimbra não pode apontar-se, exclusivamente a A, a B ou a C, antes derivando desse clima que então ali se viveu", afirmou Maria João castelo Branco.
Após recordar que, na anterior reunião, a Câmara de Coimbra entendeu que se deviam arquivar os procedimentos disciplinares instaurados a três antigos membros da PM de Coimbra - António Leão (jurista e comandante interino), Rita Santos (jurista e chefe de divisão de Atendimento e Expediente) e Ricardo Figueiredo (agente), a vereadora com responsabilidade sobre a PM disse crer que, "por imperativos de justiça e equidade, se impões proceder à revogação das penas disciplinares aplicadas aos agentes Pedro Abrantes e Cátia Santos".
"Tal revogação será, pois, o culminar deste caminho que foi percorrido no sentido de normalizar o funcionamento interno - leia-se relações laborais - da PM de Coimbra", concretizou maria João Castelo Branco. Depois de ter sido aprovada anteontem pelo executivo camarário, a revogação será, agora, comunicada ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, onde decorrem processos judiciais.

in Diário de Coimbra

VOLUNTÁRIOS PRESTAM HOMENAGEM A FAUSTO GARCIA



Os Bombeiros Voluntários de Coimbra assinalaram os 122 anos de existência. Um programa que começou com um jantar onde foi homenageado Fausto Garcia, anterior presidente da direcção e que culminou no domingo, dia 10, com uma sessão solene.
A cerimónia começou com a apresentação do primeiro esboço do futuro quartel dos bombeiros voluntários a que se seguiram os discursos dos homens da casa e dos representantes da Federação Distrital dos Bombeiros de Coimbra e do Governo Civil. A sessão terminou com a entrega de medalhas de reconhecimento pela dedicação de um conjunto de homens e mulheres e, ainda, a a entrega de medalhas de sócio honorários ao Diário As Beiras e de mérito à família Júdice, que foi rexcebida por José Miguel Júdice.

na foto, José Miguel Júdice, Eduarda Macário, Avelino Dantas e Maria João castelo Branco, durante a cerimónia

in Diário As Beiras, 16-4-2011

COMISSÃO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DESPEDE-SE DE OLIVEIRA ALVES

A emoção tomou ontem conta dos elementos da Comição Local de Ação Social. No dia em que a vereadora Maria João castelo Branco assumiu a liderança deste órgão, os membros da comissão despediram-se do director municipal de desenvolvimento humano e social.
Oliveira Alves reformou-se e, a partir de segunda feira, vai passar a acompanhar o seu trabalho do lado de fora. O director considerou que a comissão ficará bem entregue à vereadora. Maria João Castelo Branco considera que o responsável efectuou "um excelente e meritório trabalho". De tal forma que a autarca entende que a herança deixada "é tão profunda, que as raízes do seu trabalho vão perdurar". "Ele é um exemplo claro de bem fazer à comunidade", disse.

UM LONGO CAMINHO A PERCORRER PARA O APOIO IDEAL À TERCEIRA IDADE



SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA SOCIAL INAUGUROU ONTEM AS INSTALAÇÕES DO CENTRO SOCIAL NOSSA SENHORA D'ALEGRIA, EM ANTANHOL, E A CRECHE MARGARIDA BRANDÃO, DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

"Finalmente". Para o padre Joel Antunes é este "o advérvio mais apropriado" para definir o sentimento da entidade de Antanhol, que esperou 25 anos pelas instalações do Centro Social Nossa Senhora d'Alegria. Com uma comparticipação do Programa de Alargamento de Redes de Equipamentos Soc de cerca de 230 mil euros,o equipamento teve um custo final que ultrapassou os 815 mil euros, um valor acima do que estava inicialmente previsto.(...)
Presente na inauguração, o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra salientou que a n+ível de jardins de infância o concelho está com uma cobertura de 100% e, no que respeita às creches, "muito em breve esperamos chegar ao ponto de dizer que ninguém ficou de fora". Já no apoio à terceira idade, o caminho é mais longo, lamentou João Paulo Barbosa de Melo, realçando a importância dos esforços de todos para avançar com projectos como aquele que está "de pé" em Antanhol.

SANTA CASA AJUDA A COMEÇAR BEM A VIDA

A funcionar desde Setembro, a creche Margarida Brandão, da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, foi ontem também inaugurada. Em plena Rua Brigadeiro Correia Cardoso, a antiga casa de Mário e Lígia Brandão é agora o espaço de cerca de 50 meninos e meninas, que ali encontram a garantia de "começar bem a vida", conforme garantiu o Provedor Armando Lopes Porto.
Depois de João Paulo Barbosa de Melo alertar para as dificuldades das familias em conseguirem "condições para criar os filhos", o secretário de estado da segurança social confirmou que as estatísticas indicam que, em média, "querem ter mais um filho do que têm"".

Patrícia Isabel Silva, in Diário de Coimbra, 1 de Março de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

BANCO DA MATERNIDADE E DA CRIANÇA



BANCO DA MATERNIDADE E DA CRIANÇA PRECISA DE APOIOS PARA SE MANTER

Foi inaugurado em 4 de Março de 2011 o Banco da Maternidade e da Criança, com a presença de voluntários e amigos da ADAV (Associação de Defesa e Apoio à Vítima), elementos da Fundação EDP solidária, Maria João Castelo Branco, vereadora da Acção Social da C.M. de Coimbra e ainda a presença especial de Barbosa de Melo.

MOSTRAR E AGRADECER A QUEM FAZ VOLUNTARIADO



O voluntariado é uma das acções mais nobres da sociedade. Para "dar visibilidade às instituições que o praticam e agradecer o que fazem pela sociedade" a Junta de Freguesia de Stº António dos Olivais decidiu organizar uma Feira do Voluntariado. Segundo Francisco Andrade, presidente da Junta, "esta é uma oportunidade para contactar com aqueles que estão sempre disponíveis".
A organização escolheu para padrinhos deste evento três homens de sucesso da cidade de Coimbra. André sardet, Luis de matos e Pedro Roma aceitaram ee bom grado o convite da Junta. Contudo, apenas o último marcou presença na abertura.

Bruno Costa, in As Beiras

Francisco Andrade e Maria João castelo Branco visitaram os 22 expositores

MEDALHA DOURADA DE MÉRITO DESPORTIVO PARA JOÃO TRINDADE


Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça Distinguido

João Trindade, juiz conselheiro do STJ e dirigente do Núcleo de Veteranos do U.Coimbra, vai receber a Medalha Dourada de Mérito Desportivo da Câmara Municipal de Coimbra. A proposta efectuada por Luis Providência, vereador do Desporto, mereceu a aprovação unânime do executivo camarário.
Antigo jogador de futebol, tendo representado diversos clubes da região Centro, João Trindade, anterior vice-presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, foi elogiado por Providência que realçou "a invulgar carreira profissional acompanhada sempre pela carreira desportiva".
Maria João Castelo Branco, jurista e vereadora eleita pela maioria da Coligação Por Coimbra, realçou a "excelente proposta", falando de "um magistrado de primeira água, que merece todas as medalhas" antes de acrescentar tratar-se de "alguém exemplar no seu percurso profissional e pessoal".

CASA DE CHÁ DA APPACDM JÁ ESTÁ EM FUNCIONAMENTO



No jardim da Sereira, em Coimbra

A Casa de Chá da APPACDM de Coimbra está já em pleno funcionamento no Jardim da Sereia, com serviço de cafetaria e refeições ligeiras.
A C.M. de Coimbra financiou e cuidou de toda a obra e a APPACDM equipou e vai gerir o espaço, integrado num dos parques mais nobres e com mais história na cidade, junto à Praça da República.
A inauguração contou com a presença do presidente da autarquia João Paulo Barbosa de Melo, que desafiou a cidade a deixar-se conquistar pelo novo espaço que, segundo disse, "ficaria bem em qualquer parte do mundo".
A presidente da direcção da APPACDM de Coimbra, Helena Albuquerque, disse que a Casa de Chá é um espaço de inclusão, porquando vai dar trabalho a jovens apoiados pela instituição e dar a conhecer à cidade o trabalho desenvolvido nas várias valencias, nomeadamente na formação profissional e das actividades ocupacionais.
Helena Albuquerque desafiou todas as pessoas a visitarem a Casa de Chá e apreciarem uma "ementa de singularidades deliciosas".
Empadas, rissois, croquetes, bola, bolos e tartes, entre outras iguarias, integralmente produzidas por utentes da instituição e respectivos monitores, constam da carta, de onde ressaltam também os gelados, crepes, sandes e torradas. A acompanhar, haverá chás de diversas qualidades, café, sumos e também vinho.
Vai dispôr também de menus que fazem referência aos valores da instituição, bem como alguns produtos com nomes ligados ao trabalho da APPACDM.
A Casa de Chá vai funcionar inicialmente entre as 11h e as 18,30h de segunda a sábado. Se tudo correr bem, a partir de Março estará aberta também à hora de jantar, mantendo-se aberto até às 23 horas.

Iolanda Chaves, in O Despertar, 11 Fevereiro 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

LOUVOR PARA OLIVEIRA ALVES



DIRECTOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL DA CÂMARA DE COIMBRA DEIXA O CARGO

A Delegação de Pereira da Cruz Vermelha Portuguesa é o novo membro do Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Coimbra. A adesão foi aceite, ontem, no primeiro plenário de 2011 do CLAS que, por unanimidade, aprovou um voto de louvor a Oliveira Alves, director municipal de Desenvolvimento Humano e Social da Câmara Municipal de Coimbra, que se aposentará na próxima terça-feira.
Apesar de João Paulo Barbosa de Melo, Presidente da Autarquia de Coimbra, ainda não ter divulgado oficialmente o nome do substituto, Tiago Mariz, que coadjuvou Oliveira Alves quando este dirigiu o Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social, apresenta-se como o nome mais provável para assumir o cargo.
A vereadora Maria João Castelo Branco presidiu, ontem, pela primeira vez, o plenário do CLAS de Coimbra, que foi aberto por Barbosa de Melo e contou com a presença de cerca de 80 entidades. Depois de o plano de acção social de 2010 ter sido aprovado por unanimidade, o plano de acção social para 2011 foi apresentado, tendo ficado definidas áreas de intervenção de fundamental concretização no presente ano.
O CLAS de Coimbra definiu a promoção da articulação institucional das freguesias como um dos objectivos prioritários, nomeadamente através da criação de Comissões Sociais de Freguesia em todas as freguesias do concelho de Coimbra, pois, explicou Maria João Castelo Branco, vereadora que tem a acção social e a família comko uma das funções atribuídas, "as juntas de freguesia são quem mais perto está das populações e podem trazer, mais rapidamente, os problemas ao conhecimento da Câmara".
Ontem, foram apresentados três projectos que duas instituições do concelho pretendem passar, o quanto antes, a fase de obra. A Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra quer construir uma creche em Eiras e um centro de dia em Santa Clara. Já o Centro Social Cultural e Recreativo de Quimbres divulgou a intenção de construir um lar de idosos na freguesia de S.Silvestre.

João Henriques, in Diário de Coimbra, 25 de Fevereiro de 2011

122 anos dos BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE COIMBRA

ESTAMO ADMITE ACORDO COM O MUNICÍPIO SOBRE TERRENO NA CERCA DA GRAÇA

CÂMARA DE COIMBRA INSISTE SER PROPRIETÁRIA
DE PARCELA VENDIDA PELO ESTADO

A empresa pública Estamo admite negociar com a Câmara Municipal de Coimbra a parcela de terreno, no centro da cidade, que comprou ao Estado, mas que a autarquia afirma ser sua propriedade.
O Terreno em causa, na encosta da Rua da Sofia, na zona envolvente do antigo Colégio da Graça - normalmente designada por Cerca da Graça - foi vendido pelo Estado, em Abril deste ano, à Estamo, no âmbito da transacção de parte do antigo Colégio da Graça, onde funcionaram serviços militares.
Só mais tarde, no entanto, a Câmara de Coimbra teve conhecimento da transacção e em Outubro oficiou áquela empresa (vocacionada para a aquisição de património excedentário do Estado)reivindicando a propriedade da parcela de terreno.
Embora se afirmasse "disponível para fazer um acordo" com a Estamo, a autarquia também garantia, no mesmo ofício, "não abdicar dos seus direitos", estando, todavia, disponível para fazer um acordo, designadamente, no sentido de vender à empresa pública o terreno que garante pertencer-lhe.
A Estamo admite agora, em resposta ao ofício da Câmara, um acordo com o município desde que "este faça prova do que afirma", isto é, "esclareça e justifique a propriedade" sobre a parcela de terreno envolvente do antigo Colégio da Graça, disse ontem à agência Lusa a vereadora Maria João Castelo Branco, responsável pelo Gabinete Jurídico da autarquia e pelo pelouro do património municipal.
"A Câmara de Coimbra está aberta a um entendimento" com a Estamo e não vai, por isso, "avançar judicialmente", embora reafirme a sua determinação em não "abdicar dos seus direitos", sublinha a autarca, acreditanto, todavia, que será possível chegar a um acordo.
A vereadora Maria João Castelo Branco escusa-se, no entanto, a adiantar o valor que a Câmara exige pela parcela de terreno que afirma ser sua, sequer a sua dimensão, ainda que considere que se trata de uma "área considerável"
A Cerca da Graça foi incluída na transacção de parte do Quartel da Graça, instalações militares que fazem parte do antigo Colégio da Graça, incorporado na Universidade de Coimbra em meados do sec. XVI.
Em Janeiro deverá realizar-se um encontro entre representantes da Câmara de Coimbra e da empresa pública Estamo para debaterem o diferendo.

Carlos Encarnação receita "tranquilidade e calma interna" para a instabilidade



Já não é a primeira vez que Carlos Encarnação o afirma, mas, ontem, em visita à Polícia Municipal, seguida de um magusto, o autarca de Coimbra repetiu que "a responsabilidade da segurança pública não cabe à PM, mas ás polícias de segurança", acrescentando que "é bom saber o que se quer da PM e de cada uma em particular". Após realçar que as PM são polícias administrativas, assim como assegurou ser bom saber quais as funções que lhe estão distribuídas. Encarnação garantiu que, "compreendendo isto, estamos no caminho certo".
Recentemente o Ministério Público deduziu acusação contra António Leão, ex-comandante da PM de Coimbra, pela prática de sete crimes (abuso de poder, falsificação de documento e difamação agravada), ao mesmo tempo que arquivou muitas outras queixas apresentadas pelos agentes por serem de natureza disciplinar e não criminal. Apesar de não referir nomes, nem o caso em concreto, o presidente da Câmara de Coimbra assumiu que "as questões de instabilidade resolvem-se com tranquilidade e calma interna", reforçando que "as questões judiciais devem ser resolvidas pelo poder judicial".
"Temos de ter as maiores das tranquilidades e das calmas para assistir a fenómenos que se desenvolvem, mas que têm um campo e momento próprios para serem resolvidos", prosseguiu Carlos Encarnação, antes de informar ter pretendido "oferecer uma solução de comando aceite por todo o corpo e que conseguisse fazer um corpo disciplinado e coeso". O autarca assegurou que "sem confiança, responsabilidade e disciplina, não é um corpo, é um grupo de pessoas", lembrando que "a PM é um corpo permanentemente escrutinado por todos os cidadãos".
Os agentes da PM são, por vezes, encolvidos em situações contestadas pelos mun´´icipes. "Têm que compreender que os olhos de todos estão em cada um dos agentes e no seu comportamento, que tem de ser exemplar, considerou Encarnação, que logo revelou que "este corpo de PM cresceu em responsabilidade e soube ultrapassar os seus problemas", antes de destacar que a PM desempenha uma missão de absoluta essência no território municipal".
Em jeito de resumo do que pretende para a PM, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra solicitou um "corpo atento, disponível, capaz de resolver questões que se colocam", assim como apelou a agentes que "tentam defender o conjunto de cidadãos daqueles que perturbam a vida dos outros". "A PM nasceu para isso", concretizou Carlos Encarnação.
Por sua vez, Maria João Castelo Branco registou "o sentido de responsabilidade, o zelo no exercício das funções, a assertividade e a serenidade de actuação que pautaram e pautam o desempenho dos homens e mulheres que constituem esta polícia". A vereadora responsável pela PM disse estar "certa que esta polícia continuará a ser um exemplo para a cidade, um exemplo para a autarquia e, muito em especial, um exemplo para o cidadão comum".

João Henriques in Diário de Coimbra, 10-11-2010