terça-feira, 19 de julho de 2011

COIMBRA DISCUTE OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO


Coimbra foi a terceira cidade a ser escolhida pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial e pela Plataforma ODM para o debate sobre os oito objectivos de desenvolvimento do milénio. Essas metas - a atingir até 2015 - foram definidas em 2000 e aceites por 189 países na conferência do milénio realizada na ONU quando ainda era secretário geral Kofi Annan.
Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome, alcançar o ensino primário universal, promover a igualdade de género e capacitar as mulheres, reduzir em 75 por cento a mortalidade materna, combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves, garantir a sustentabilidade ambiental e fortalecer uma parceria global para o desenvolvimento, são os oito objectivos de desenvolvimento do milénio. (...)

Direitos estão em falência
"A crise económica e financeira que vivemos é desumanizante uma vez que os direitos económicos e sociais estão em falência colocando em risco os cuidados de saúde universal, as pensões sociais bem como a legislação laboral que vai dando sinais de que não vai previligiar alguns aspectos fundamentais à família", atestou Maria João castelo Branco, vereadora da acção social da Câmara Municipal de Coimbra.
Neste âmbito reconhece que alguns dos objectivos já se verificam na nossa sociedade como, por exemplo, a paridade de género "facto que se comprova hoje pela minha presença aqui e da vice-presidente da Câmara Municipal", evidenciou. Contudo, afirma, ainda há muito para fazer no que respeita ao acesso ao emprego de mulheres que são mães bem como o seu acesso a cargos de chefia de topo que ainda são ocupados maioritariamente por homens.
Na sua opinião os objectivos traçados em 2000, demonstravam um grande optimismo para o milénio que se iniciava: esperava-se mais humanismo, mais direitos, mais dignidade da pessoa humana e mais progresso da ciência. No entanto, uma série de convulsões sociais alterou toda a conjuntura levando a que o mundo assumisse um outro rumo. Desta forma, hoje ainda não é possível responder à pergunta:"o mundo vai ganhar a aposta dos objectivos de desenvolvimento do Milénio?". A resposta, essa, só chega em 2015.

Sónia Salgado, in Diário As Beiras, 14-5-2011

na foto, Maria João Castelo Branco, maria José Azevedo Santos, João Ataíde e Marcelino Pena Costa na sessão de abertura

"ALDEIA DAS OFICINAS" RECEBE 2500 CRIANÇAS



"Proferrora, queremos brincar o dia todo". Foi assim que as 2500 crianças dos jardins de infancia e escolas do 1º ciclo do ensino básico de Coimbra, visitaram ontem a "Aldeia das Oficinas", no Parque Dr. manuel Braga. João Paulo Barbosa de Melo, Presidente da Câmara de Coimbra, esteve presente para desejar um feliz e divertido dia da criança a todos.
O evento contou com 14 expositores de vários serviços da Câmara de Coimbra. Os mais pequenos começaram a juntar-se, com muita curiosidade, para assistirem à demonstração cinotécnica com os cães da GNR.

"Um evento de alta segurança"
As forças de segurança marcaram uma presença muito forte durante o evento, com expositores da GNR, PSP, Protecção Civil, Polícia Municipal e Bombeiros Sapadores. De acordo com maria João Castelo Branco, vereadora da Câmara de Coimbra, "é essencial este convívio das crianças com os agentes, para assim desmistificar o medo".
Diogo foi o primeiro a experimentar o colete anti-bala da GNR. "É tão pesado", disse, contente com a experiência.
A tarde foi preenchida com jogos tradicionais, pinturas faciais, passeios de cavalo, modelagem com balões, esercícios com terra, ateliés e demonstrações.

Concurso do melhor desenho ilustrativo dos SMTUC
Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra lançaram o desafio aos agrupamentos de escolas de Coimbra: fazer um desenho ilustrativo da actividade dos autocarros do SMTUC. Os grandes vencedores, a turma 15 do 1º ano da EB1 de Fala, receberam pela mão de Barbosa de Melo, um quadro interativo para a escola, um computador portátil e uma viagem gratuita no autocarro Funtastic.

Vânia Antunes in Diário As Beiras, 2-6-2011

1ª VIAGEM COLECTIVA DE IPSS DE COIMBRA



UM DIA DIFERENTE PARA COMBATER A SOLIDÃO NA 3ª IDADE

Um dia cheio de aventuras. Foi assim que se sentiram cerca de 400 idosos, utentes de 23 IPSS do concelho, que participaram na última quinta-feira numa viagem-convívio que os levou até à zona norte do País, para conhecerem algumas das mais importantes paisagens de cidades como o Porto, Braga e Guimarães.
Organizada pela Câmara Municipal de Coimbra, através da Divisão de Acção Social e Família, e no âmbito do Plano de Acção 2011 da Rede Social de Coimbra, esta que foi a primeira viagem colectiva das IPSS do concelho teve como objectivo "diminuir o isolamento da população idosa", proporcionando aos 370 idosos participantes "um dia diferente", recheado de sorrisos, de partilha e de muita cantoria.
De tal maneira que, como garantiu Maria João Castelo Branco, vereadora responsável, foram muitos os participantes que pediram nova iniciativa idêntica. "Quisémos quebrar os rituais do dia-a-dia, que é muito marcado pelo isolamento e pela solidão", continuou.
Viajando em oito camionetas, com a companhia de técnicos da autarquia e das várias instituições, esta verdadeira delegação sénior de Coimbra partiu logo de manhã em direcção ao Porto onde passeou pela cidade, seguiu para Braga, para visitar o Bom Jesus e para almoçar, no parque das merendas. Foram ainda à Senhora da Penha, em Guimarães e voltaram para Coimbra ao som de muitas melodias de antigamente (e outras mais modernas) que animaram toda a viagem.

in Diário de Coimbra, 26 de Maio de 2011

CHÁ DAS CINCO CUMPRE TRADIÇÃO



INICIATIVA DA QUEIMA PROMOVEU SOLIDARIEDADE E CONVÍVIO ENTRE GERAÇÕES

Mais uma vez o Quartel General da Brigada Ligeira de Intervenção (Quartel de Sant'Ana) acolheu o Chá das Cinco, inserido no programa da Queima das Fitas 2011.
Mónica Cesário, comissária dos bailes organizados pela AAC, explicou esta "é uma iniciativa que pretende reunir os idosos da cidade e fazer com que eles estejam com os estudantes".
As bandas foram escolhidas de acordo com as preferências dos convidados, de forma a fazer com que "a Queima chegue aos idosos", porque os idosos também têm espírito de Queima", considerou.
Maria João Castelo Branco, vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, lembrou que o Chá das Cinco, numa parceria entre a autarquia e a Associação Académica de Coimbra pretende focar a "transversalidade das gerações", sendo uma forma de os idosos "recuperarem a sua força, alegria e ânimo, que vão buscar aos estudantes".
Com 25 instituições de Coimbra inscritas e quase 400 idosos, Maria João Castelo Branco louvou a iniciativa: "é fundamental porque hoje em dia notamos que a medicina cada vez traz mais soluções que aumentam a esperança de vida, o que não significa qualidade de vida". A vereadora da Acção Social considerou que o idoso dos dias de hoje "perde a alegria de viver e é função da comunidade e sua responsabilidade trazer qualidade de vida, ânimo e alegria".

Renata Rodrigues in Diário de Coimbra, 12/5/2011

VIVER NA RUA E DORMIR NUMA CAMA DE SOLIDÃO



VEREADORA DA ACÇÃO SOCIAL ACOMPANHOU EQUIPA DE VOLUNTÁRIOS QUE APOIA OS SEM-ABRIGO DA CIDADE DE COIMBRA. ROTURA COM A FAMÍLIA ESTÁ, QUASE SEMPRE, PRESENTE NAS HISTÓRIAS DE VIDA DAQUELES QUE VÃO PARAR À RUA

Aos 43 anos, sem emprego, casa ou família que o possa apoiar, João (nome fictício) ainda é um homem de esperança. "Amanhã vou pedir ajuda e procurar trabalho", garante, minutos antes de dormir a sua primeira noite na rua. João juntou-se na quarta-feira, pela primeira vez, aos cerca de 200 sem-abrigo que "moram" nos cantos escuros da cidade de Coimbra. Mas assegura que não vem para ficar.
A história de João é mais uma entre tantas outras que carregam os rostos que se escondem na noite de Coimbra. Sempre trabalhou (era serralheiro), tinha um relacionamento estável e um filho, até que a vida lhe caiu num precipício: separou-se e, pouco tempo depois, ficou desempregado. Vive agora com pouco mais de 300 euros de subsídio de desemprego, dos quais 100 são gastos na pensão de alimentos da criança. "Se pudesse dava-lhe mais dinheiro, mas não consigo", lamenta.
A situação de João foi imediatamente anotada pelo psicólogo que acompanha a carrinha da Câmara Municipal que, todas as quartas-feiras percorre as ruas da cidade para levar comida, roupa e, acima de tudo, palavras de conforto aos sem-abrigo. "É feito um rastreio e um estudo de cada caso, para que possamos encontrar um projecto de vida alternativo para cada pessoa.", explica a vereadora da acção social, Maria João Castelo Branco, que anteontem acompanhou o percurso dos voluntários.

TER CASA NÃO É TUDO
Se as histórias de quem vive na rua são muito diferentes entre si, há marcas que são comuns a praticamente todos os sem-abrigo: carregam consigo uma pesada bagagem feita de mágoa e solidão. Hernani Dias guarda todas essas memórias numa tenda de cobertores improvisada, que lhe serve de casa, no átrio das químicas. Há três anos que vive na alta da cidade, ao relento, "a tentar curar muitas coisas que tinha na cabeça". Diz que não é homem de olhar para trás, mas carrega-se-lhe a voz quando fala do filho e dos três netos que ficaram em Espanha.
A família de Hernani é agora João - com quem partilha "a casa" - e Marcelo que, apesar de ter um tecto onde dormir, aparece por ali de vez em quando, para trocar dois dedos de conversa. "Tenho 60 anos e a solidão é o que mais me atormenta", conta, embalado pelo som do rádio a pilhas que anima as noites frias dos três homens.
Não se percebe bem onde termina a realidade e começa a fantasia na história contada por Marcelo - é assim com muitos dos sem-abrigo que, às tantas, vão recriando as suas próprias vidas. Mas parece certo que o homem tem casa e uma reforma. Falta-lhe a companhia. "Gosto de vir aqui e de dormir a noite ao relento. "Vale mais um grande amigo do que um grande amor", relata.
Marcelo é músico e amante de cinema. Hernani gosta de literatura e vai frequentemente à Casa da Cultura exercitar o cérebro.´"É uma fuga", admite. E uma forma de se manter vivo, até porque, acredita, a rua não é o fim. "Há vida para lá disto", diz, recordando o tempo em que lhe reconheciam as "boas mãos" de pedreiro.
É na construção que vai procurando trabalho mas a idade (52 anos) e a etiqueta de sem-abrigo não facilitam a tarefa. Se tivesse um teto e um emprego saía da rua? "Isto nem saudades nenhumas me deixava", sentencia.

NUMEROS PODEM AUMENTAR
"Poderá haver possibilidade de se vir a verificar um acréscimo do número de pessoas que dormem na rua, com novas ou outras realidades que estão associadas à emigração e ao facto de Coimbra ser uma cidade muito solidária", admite a vereadora da acção social da Câmara de Coimbra, Maria João Castelo Branco.
Atualmente há 200 sem abrigo recenseados em Coimbra, mas o numero serve apenas de indicador. Isto, porque este tipo de população é muito volátil. Veja-se o caso de Belmira, 41 anos: é natural do Porto, mas já viveu nas ruas de Lisboa; há dois meses veio para Coimbra e, apesar de agora dormir num quarto arrendado, recorre ao auxílio das equipas de rua.
Coimbra "é uma cidade que auxilia, que acolhe bem e por isso é natural que venham mais" pessoas de fora para a cidade, avalia Maria João Castelo Branco.

Reintegração é "muito difícil"
Desde 2004 que, em parceria com instituições da cidade, o município de Coimbra garante que uma equipa de voluntários circula pela cidade, de segunda a sexta-feira. Param em pontos estratégicos, onde é normal encontrar grupos de sem-abrigo à espera de ajuda e vão estando atentos a novas caras que apareçam nas ruas.
Cândido Lopes é funcionário da qutarquia e voluntário das equipas de rua desde o início. Depois de sete anos de rondas pela cidade, sai à rua "mais à vontade, mas com a mesma dor e tristeza do início". Conhece as histórias de vida de quase todos os sem-abrigo de Coimbra e, apesar de admitir que muitos deles são "resistentes" às ofertas de ajuda, lamenta que não haja mais apoio para estas pessoas. "Devia haver continuidade, dar-lhes ocupação", avalia.
João Carlos Gaspar, director do departamento de acção social da autarquia (que anteontem também acompanhou a equipa de voluntários) conta que é "muito difícil" reintegrar os sem abrigo na sociedade. "Os casos que os levaram a esta vida são muito complicados", justifica. Mas Cândido Lopes já tem algumas histórias de sucesso para contar. E não desiste de continuar a tentar.

Sandra Mesquita Ferreira, in Diário As Beiras, 6 de Maio de 2011

POLÍCIA MUNICIPAL QUER DISCIPLINAR CONDUTORES EM COIMBRA


Em Julho quem estacionar em cima do passeio, nas zebras ou em locais de estacionamento proibido vai ser multado pela Polícia Municipal de Coimbra. Até lá, os agentes vão tentar sensibilizar os condutores para as penalizações... que vão ser a doer.
A garantia foi dada ao Diário as Beiras pela vereadora responsável pela área, Maria João Castelo Branco.
Segundo a autarca, a permissão dada nos últimosmeses pelos agentes de autoridade "está a ser levada ao extremo do facilitismo" dos automobilistas prejudicando a mobilidade de quem cumpre as regras do código ou até mesmo a circulação dos peões.
Desta forma a autarca pretende que a Polícia Municipal passe a realizar um trabalho "mais atuante e eimpressivo" para conhecer o que, considerou, de excesso de confiança dos condutores. "Tivémos esta atitude de relaxamento, porque consideramos que as dificuldades económicas atingem todos. Mas o que é certo é que tal conduziu a um aumento das transgressões que urge parar para que a situação não se torne insustentável", disse.
Maria João Castelo Branco desmentiu que tal signifique "caça à multa" por parte dos agentes da PM, mas sim o combate aos automobilistas prevaricadores para que evitem, da próxima vez, cometer o mesmo erro.
Na próxima semana, os agentes vão dar início a esta campanha que, nos primeiros dias, será mais pedagógica do que punitiva. Ou seja, os transgressores vão contar no pára-brisas com um papel da PM a informar de que está a cometer uma ilegalidade e que, na próxima ocasião, o bilhete será diferente.

MAIS AGENTES
A vereadora gostaria de ter mais agentes ao serviço da PM de Coimbra. O número é escasso para as necessidades da corporação que, desta forma, cumpre com dificuldade uma das missões que deveria ter: a protecção das instalações municipais.
Na opinião de Maria João Castelo Branco, mais agentes significariam melhor serviço e "menos custos" para os cofres da autarquia, já que não seriam pagas as muitas horas extraordinárias que o município tem de fazer para que o serviço seja realizado.
"Seria mais racional, eficiente e eficaz", referiu.

António Alves in Diário As Beiras, 23 de Junho de 2011