quinta-feira, 25 de abril de 2013

CÂMARA APOSTADA EM GEORREFERENCIAR SENIORES DO CONCELHO

PROJECTO-PILOTO TEM A AMBIÇÃO DE ENVOLVER TODOS OS SERIORES EM SITUAÇÃO DE ISOLAMENTO

Os cidadãos séniores em situação de isolamento são cada vez em maior número. O envelhecimento da população ajuda a explicar o fenómeno que a Câmara Municipal de Coimbra pretende combater com recurso às novas tecnologias. A georreferenciação passa por tornar conhecidas as coordenadas num dado sistema de referência. O processo inicia-se com a obtenção das coordenadas (pertencentes ao sistema no qual se pretende georreferenciar) de pontos da imagem ou do mapa a serem georreferenciados (conhecidos como pontos de controlo).
"Trata-se de um project-piloto que pretende envolver todos os séniores em situação de isolamento", mencionou ontem, em conferência de imprensa, Maria João castelo Branco, com a vereadora titular do pelouro da Acção Social a sublinhar a importância dos parceiros.
Segundo a autarca, as Instituições Particulares de Solidariedade Social, as Organizações Não Governamentais e as Juntas de Freguesia, que andam diariamente no terreno são fundamentais, com maria João Castelo Branco a integrar a Polícia Municipal, a Guarda Nacional Repúblicana e a Polícia de Segurança Pública neste lote de instituições.
"Queremos georreferenciar todos os séniores das freguesias rurais e urbanas, sobretudo estas em que há mais abandono e isolamento", referiu a vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, recordando o serviço de teleassistência ao domicílio junto da população sénior do concelho, implementado em 2004, que "tem funcionado muito bem".
Após reconhecer que a georreferenciação corresponde a um "projecto demorado, a longo prazo", Maria João castelo Branco explicou que impica "a monitorização da casa dos séniores". Ontem, a autarca perspectivou "iniciar em Abril o projecto de georreferenciação nas freguesias urbanas".
A vereadora lembrou que a autarquia não tem dinheiro para "fazer contratos de prestação de serviços", razão pela qual apelou ao voluntariado, antes de reconhecer que vai ser um processo "moroso" e vai "puxar muito elos técnicos" da autarquia, informando que a Câmara de Coimbra contará com "o apoio de outras cidades que já têm know-how" sobre esta matéria."Dentro de dois, três meses, em Junho, espero que esteja implementado e em acção. Penso que, até ao final do ano trará resultados", concretizou a autarca.
Ontem, maria João Castelo Branco apresentou e fez um balanço das iniciativas municipais mais relevantes no âmbito da acção social, concretamente o Banco de Recursos (UBAÚ), o Banco de Ajudas Técnicas e o Banco de Voluntariado. Além da avaliação dos referidos projectos, a vereadora deixou o apelo a uma maior participação da sociedade, transmitindo que todos estes projectos estão em curso, precisando de recursos e estando disponíveis para a judar quem mais precisa.

João Henriques, in Diário de Coimbra, 27-3-2013