quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

EM “PEQUENOS PASSOS” SE ALICERÇAM “GRANDES GESTOS

A mensagem, não pode deixar de ser, a de esperança. Esperança na luta contra a doença, mas também contra a indiferença, essa sim, mata cada vez mais. E se Coimbra – leia-se Centro, região alargada das Beiras – é já uma lição na luta pela detecção precoce, logo na prevenção do cancro da mama, não vá baixar os braços, porque o inimigo é persistente e traiçoeiro. Contra o cancro da mama, pela prevenção e apoio aos muitos milhares de mulheres que sofrem da doença, vão caminhar, no próximo sábado, sete cidades: Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu. Ontem, no espaço belíssimo do Edifício Chiado – Museu Municipal de Coimbra, um grupo de mulheres solidárias com a causa da luta contra o cancro da mama, juntou-se às responsáveis do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro – LPCC, na apresentação da III Caminhada Pequenos Passos, Grandes Gestos.
Mulheres de Coimbra deixam apoio e testemunho deixaram testemunho pela presença e prometem empenho na divulgaçãoo da causa e da caminhada, entre outras Ana Alcoforado, Beatriz Gomes, Berta Duarte, Helena Freitas, Maria João Castelo-Branco, Patrícia Viegas Nascimento, Margarida Mendes Silva, Ercília Bilro. A abrir a sessão de apresentação, Maria João Castelo-Branco, vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, deixou um apelo para a necessária luta contra “uma doença que é um flagelo”, chamando a atenção para que todos os “gestos que, sendo pequenos, são fundamentais”. Natália Amaral, secretaria da direção da LPCC, fez questão de agradecer a todas as mulheres presentes, ontem, no Edifício Chiado e ainda a todas as entidades, nomeadamente a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, o apoio dado na concretização de mais uma caminhada na cidade. Verba para apoio social já foi duplicada este ano Pondo uma vez mais e sempre a tónica na prevenção – destacando o bom exemplo do Centro que há muito, ainda que cada vez mais com dificuldade, conseguiu fazer a cobertura total do seu território com o rastreio móvel e gratuito do cancro da mama – Natália Amaral chamou a atenção para a necessidade que a LPCC tem de angariar fundos que, depois, investe nesta área e também no apoio social cada vez mais necessário. Verba destinada ao apoio social que, de acordo com esta responsável, já este ano “teve de ser duplicada”, situando-se neste momento em cerca de 70 mil euros para responder às solicitações que chegam à LPCC, sobretudo através do gabinete instalado no IPO de Coimbra. Salete Bastos, coordenadora do Movimento Vencer e Viver, criado em Coimbra em 2010 e agora alargado a todas as capitais de distrito do Centro e ainda à cidade da Covilhã, deixou uma nota capital para todo o projeto e a iniciativa que ontem foi apresentada: “é fundamental o suporte material, emocional para minimizar todos os muitos momentos difíceis da doença”. Doença que, apesar dos números dramáticos que envolve, não pode deixar de estar a associada a uma cada vez maior esperança de cura e sobrevivência. Lídia Pereira, in Diário As Beiras, 2-10-2012